sexta-feira, 10 de outubro de 2008

NÓDOA DE ARROGÂNCIA


Instruções de tratamento:
Avaliar o estado da nódoa.
Se ainda está fresca, deixar a arejar e arrefecer.
Se já está seca, será mais fácil limpar.
Pré-lavar com dose generosa de bom-humor e verdadeiros amigos.
Lavar à mão com sorrisos.
Deixar secar, bem longe da fonte de sujidade!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

FÉRIAS




Com as mãos marcadas pela mudança, tento agarrar a areia toda, véus se fazem cair por entre os dedos, brancos e secos, como o areal, o ideal de tempo passado sem pensar no depois.
Para quando a minha vida?...

sábado, 14 de junho de 2008

Projecto futuro


A um passo da iluminação

terça-feira, 27 de maio de 2008

Salpicos de indiferença


Senti uma certa frescura,
vinda de uma presença.
Cuidei que fosse candura;
era só indiferença...

domingo, 4 de maio de 2008

Nódoa de merda

Quando mesmo no fim-de-semana todos parecem cagar em nós, no trabalho substituímos, repomo-nos, ultrapassamo-nos, os objectivos parecem longínquos...
Tudo parece apontar-nos a ferida da solidão...
Sim, da solidão, do íntimo; quer dizer, do nosso íntimo chato, preocupado, rabugento, carente.
Pois: há quem não consiga resolver-se com a matrícula nas aulas de iôga ("^" porque é diferente! >:, arrota a sapa), há quem não consiga resolver-se, ponto!
Se irrita os fixes, se assusta os casais de família com conta do Big, o mainstream cultural de perna traçada na jam à espera que o solo acabe pra aplaudir com medo que saiam peidos dos sovacos, as declarações electrónicas virulentas, a senhora do café (será que algum dia limpam por baixo das mesas?...); eles assustam-me a mim, com toda a sua arrogância!
- Tenho pesadelos com eles, que me despedem, processam, difamam, riem de mim... -
(Claro, tenho a mania da perseguição, e com isto... sim!... já começa a aflorar!... Sim! Sorrio!
Com um grande Doutoramento malcheiroso de Bolonha em Ignorância-ingénua pela cabeça abaixo!)
O que é feito da simplicidade, do Humanismo que o Agostinho nos tentou ensinar, minhas bestas da merda?
O que é feito de mim??????

sábado, 19 de abril de 2008

Nasceu há um ano
o primeiríssimo rebento
deste lado da família!

É bi-dente
com tendência a aumentar
(a avó é tri-dente
com tendência a diminuir,
mas disfarça...),
de poucas palavras
e de muitos sons.

Gosta de imitar os tios
e não se importa
de estar sozinha.

A boca aberta
indica à colher
passagem autorizada.

Também já tem
o risinho amarelo...

Mas o sorriso
de sinceridade
e confiança,
é inconfundível.

O tempo passa
sem se sentir arranhar.

É um milagre da vida.

quarta-feira, 19 de março de 2008

De entre todas as mensagens que eu não escrevi nestes últimos x meses, a que mais precisava escrever era sobre a maturidade.

Um grande salto de maturidade (digamos, tirar a carta), embora fictício, é de tal maneira difícil, incompreensivelmente...

(A quantidade de testes, provas, as questões do género "será que consigo" ou "será que consigo" com ou sem enderal/melaço, não inoculam absolutamente)

Aos poucos, as velocidades, contra-ordenações, pesos, regras, sinais e dimensões vão-se organizando na torta linha descontínua enpoeirada e rugosa do conhecimento inútil.

- "Tu consegues, no meu tempo nem fui ao código!"
- "Tás a exagerar!"

Sim, eu sei,
Que tudo são recordações

Quando tiver o abervamento desliterado e em posse da categoria correspondente às minhas necessidades de deslocação, e com ele toda a confiança e cagança, pegarei no caminho com mais de 10 anos de atraso.

E tudo porque o Sô Carlos pensava que os pedais do piano me confundiriam a condução!